domingo, 11 de abril de 2010
HOMENAGEM AO DIA NACIONAL DO CHORO
O Clube do Choro de Porto Alegre retorna ao Instituto Cultural após o grande sucesso do espetáculo de comemoração dos seus 20 Anos, realizado em novembro passado. Agora, a apresentação é em Homenagem ao Dia Nacional do Choro e será realizada na terça-feira, dia 20 de abril, às 20 horas, no Auditório do Cultural (Riachuelo 1253).
Este espetáculo deverá reunir os músicos integrantes do Clube do Choro (Arthur Sampaio no violão, Enio Casanova no bandolim e cavaquinho, Luiz Bastos Cebolinha no cavaquinho, André Rocha no pandeiro, Runi Correa no surdo, Paulo Platt na caixeta e Myriam Sampaio na voz), ao lado de Rafael Lima no saxofone, como participação especial.
O Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril, em homenagem à data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras exponenciais da música popular brasileira, e em especial do choro.
Pixinguinha
Alfredo da Rocha Vianna Júnior nasceu em 23 de abril de 1887. Cedo dedicou-se à música e deixou um legado de inúmeros clássicos, arranjos e interpretações magistrais, como flautista e saxofonista. Carinhoso, Lamento, Rosa, 1 x 0, Ainda Me Recordo, Proezas de Solon, Naquele Tempo, Vou Vivendo, Abraçando Jacaré, Os Oito Batutas, Sofres Porque Queres, Fala Baixinho, Ingênuo, estão entre algumas de suas principais composições.
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2 comentários:
O choro no Brasil
O choro entra na cena musical brasileira em meados do século 19, e nesse período se destacam Callado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth. Inicialmente, o gênero mesclava elementos da música africana e européia e era executado principalmente por funcionários públicos, instrumentistas das bandas militares e operários têxteis. Segundo José Ramos Tinhorão, o termo choro resultaria dos sons plangentes, graves (baixaria) das modulações que os violonistas exercitavam a partir das passagens de polcas que lhes transmitiam os cavaquinistas, que induziam a uma sensação de melancolia.
O século 20 traria uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas, arranjadores, e entre eles, com destaque, Pixinguinha.
O Clube do Choro de Porto Alegre
Em 1989, um grupo de pessoas maravilhosamente obstinadas e despojadas como Jaime Lubianca, Zeno Azevedo, Lucio do Cavaquinho, Jessé Silva, Paulo Barbosa, Ernani Kurtz, Paulo Barbosa, Cebolinha, entre outros, criaram o Clube do Choro de Porto Alegre, sem objetivo financeiro ou da fama fácil. Apenas movidos pelo amor ao chorinho.
As reuniões de quintas-feiras conquistaram rapidamente pessoas de todas as categorias sociais e econômicas que, ao longo dos últimos vinte anos, encontraram um local para se reunir, se divertir e resistir a todos os modismos musicais.
O Clube do Choro, como todos que amam a noite, vive de teimoso. Já teve várias sedes e hoje se hospeda no Ypiranga Futebol Clube, o Ypiranguinha, como carinhosamente é chamado. Sobrevive sem nenhum incentivo do poder público, apenas pelos amantes do choro que, nesses 20 anos, tem fielmente “batido o ponto”. Já gravou dois CDs, tornou-se um patrimônio cultural da cidade, uma cidadela defensora do chorinho.
No Clube do Choro escutamos Pixinguinha, Waldyr Azevedo, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Zequinha de Abreu, Donga, Altamiro Carrilho, Severino Araújo e muitos outros chorões inesquecíveis. Sem falar nos gaúchos, como Túlio Piva, Jessé Silva, Chico Pedroso, Plauto Cruz, Lúcio de Cavaquinho, entre tantos outros...
Nesses 20 anos, o Clube do Choro manteve aceso o amor pelo gênero musical e, em virtude disso, hoje encontramos vários grupos de jovens talentos se dedicando ao choro e diversas oficinas espalhadas pela cidade.
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