sexta-feira, 23 de abril de 2010

Show de lançamento do CD Lua Caiada, de Nelson Coelho de Castro



O compositor Nelson Coelho de Castro se apresenta no Salão de Atos da UFRGS, no próximo dia 7 de maio, para o lançamento do CD LUA CAIADA, contemplado pelo Programa Petrobras Cultural.

Este seu novo trabalho mostra um compositor que chega à maturidade autoral revelando, mais uma vez, sua relação afetiva com a MPB. No repertório do disco vamos encontrar sambas, ciranda, samba de roda, valsa brasileira, entre outros gêneros, com arranjos sofisticados e a poética genuína de Nelson.


Músicas e Músicos

No roteiro do show vão estar a quase totalidade das canções do CD, assim como alguns dos seus maiores sucessos como Armadilha, Ver-te/Algo Teu, No Braço com a Vida e Pérola no Veludo.

Os músicos da banda serão os mesmos que participaram das gravações do CD: Giovani Berti e Fernando do Ó, percussão; Mario Carvalho, baixo; Michel Dorfman, piano; Edilson Ávila, guitarra e violão; Pedrinho Franco, violão 7 cordas, cavaquinho e bandolim; João Carlos Charão, trombone; Luizinho Santos, flauta e sax e Alexandre Rosa, clarinete.

Monica Tomasi é a convidada especial. Ela também faz parte do disco, gravando, em grande estilo, o samba Apela ao lado de Nelson.


História

Em abril de 1979 o Salão de Atos da UFRGS estava repleto para assistir ao lançamento do primeiro disco de Nelson Coelho de Castro, o compacto “Faz a Cabeça”. Em 1981, esta cena se repete no mesmo local quando Nelson fez o show de lançamento do seu primeiro LP – “Juntos”. Histórico momento. “Juntos” era também o primeiro disco independente feito no Rio Grande do Sul. Em 1985, mais uma vez Nelson volta ao Salão de Atos para apresentar o disco “Força D’Água”.

Exatos 31 anos depois Nelson retorna ao Salão de Atos para lançar seu novo disco.

Lua Caiada terá shows de lançamento em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte no mês de julho deste ano.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nelson Coelho de Castro fala sobre as canções de Lua Caiada




Na segunda parte da entrevista realizada com Nelson Coelho de Castro, ele fala sobre cada uma das 17 canções presentes no CD Lua Caiada:

Menino Não Sobe a Rua
"Conta a história de um sambista da antiga que tenta, em vão, advertir a um novato sobre a escolha entre o prazer e o sofrimento. Na realidade, receia que a história deste vá se repetir na do garoto que está prestes a entrar numa roda de samba (“eles vão te enfeitiçar”).
Antes, cheguei a pensar que, só para importunar, poderia ser também uma sacana advertência de um sambista para aqueles arredios e fóbicos ao samba, pois que se estes fossem ao batuque, de lá jamais voltariam (“quando o samba começa, meu nego, não dá para escapar”). Desisti. Era só uma história de pai pra filho.
Pedi ao Pedrinho Franco que realçasse na introdução do samba o acorde G7(13) no violão. Era para criar uma atmosfera de apreensão. Só depois, escutando bem, vi uns longes das quatro notas que abrem a quinta sinfonia do Beethoven: tan tan tan tan! São as batidas da sinistra na porta. Que coisa. Botei, sem querer, o Beethoven num samba. Entre outras performances, o trombone do Charão é o que é de arrepiar."

Samba Machucado
"Aqui, um passista de uma escola de samba fica cônscio de culpa, num arrependimento sem fim, se entrega ao desolamento. Ao avesso da maravilhosa “Atire a primeira pedra” - de Ataulfo Alves e Mário Lago, o passista, depois de desgostar seu amor - abdica até de pedir perdão.
Outra referência, que só fui observar bem agora quando o disco chegou, está nos verbos “machucar” e “desmonorar”. Eles constam na letra do samba “Pra Machucar Meu Coração” do Ari Barroso. Longe de qualquer insinuação de parentesco, fiquei apenas basbaque de feliz. Se topasse antes com isso, estaria no encarte do CD, como fiz com algumas outras músicas.
O pandeiro “sacana” de Giovani Berti, além de serenar a consternação do personagem, não deixa o samba ficar tão machucado assim, já que o “passista perdeu seu carnaval”. "

Dia da Festa
"Foi prazer cabal. A concepção rítmica que o Giovani Berti criou com Fernando do Ó para o cajón (aliás, dois, gravados simultaneamente) gerou um colóquio retumbante entre as madeiras. Os pulsos se provocam, revidam acentos e meandros candentes.
A letra conta uma história, sem borda, sobre personagens dum mínimo cafundó brasileiro no dia do seu aguardado folguedo principal. Um é dócil, outro sestroso, outro estrangeiro, outro escuta. A mulher bole com todos, como teria que ser. A festa, além sacralização do desejo, é a única salvação para os idílios do lugar.
A melodia que avança, recebe o sax sinuoso de Luizinho Santos na segunda parte. O piano, o baixo e os violões cultivam, junto da percussão, a tensão da história. Ao final, Edilson Ávila vai bordando frases de guitarra ao seu bel prazer."

Apela
"Este samba eu vinha fazendo sem açodamento. No início, brincava com os significados dos verbos “apelar” e “chamar” em português e francês. No show “Pérola no Veludo”, a Monica Tomasi solava no cavaquinho a melodia da segunda parte, pois carecia da letra.
O tema é mais do gênero impossível: o arrependimento surge quando não há mais o que fazer. O livramento solicitado, enfim, é o acaso que se encarrega: “Agora vá cuidar dos seus desalinhos, foi se enredar em outro destino”.
Um samba catimbado, cheio de síncopes. Convidei especialmente a Monica Tomasi para cantar a faixa comigo. Ela está muito bonita, como sempre, mandando ver em simpatia e doçura. "

Mulato Carmim
"Quando comecei a compor Mulato Carmim, me dei conta de uma grata recorrência. Foi a personagem de um sambista, que havia protagonizado os meus sambas Ele Vem de Manhã e Rapaz, do disco Verniz da Madrugada, de 1996, se querendo ali. Eu lhe disse: tá bem e logo me veio à cachola a idéia de fechar uma trilogia sobre o improvável homem cordial brasileiro, incensado ao delírio nestes referidos sambas. Para não ser tão onírico, traços verídicos desta persona encontro seguido por aí. Generoso e doido de estima, ele existe e existem tantos. Basta identificá-los. Eles têm a tarefa de equilibrar este nosso tempo: mesquinho e rude. Com “Mulato Carmim, então, encerraria a coisa. Mas, desta vez, o personagem, autônomo, foi além. Explico.
No repertório dos meus discos, quase sempre, havia uma canção mais contundente. Umas das últimas deste naipe foi Cachorro Chinês, que está no disco Da Pessoa, de 2001. Um catatau de versos abarrotados de flashes sobre a insana condição humana. Depois dessa, eu achava que a veia belicosa estava lá, em vacância, quieta no seu canto. Mesmo querendo revidar alguma tapa da realidade, nada existia deste cunho nas canções escolhidas para o novo CD. Mas não é que, sei lá como, logo o Mulato Carmim foi se incumbir disso.
Enquanto a melodia do samba abre-se meiga - e vai deste modo até o seu fim - a letra começa a deitar felpas esmeriladas mirando o arrogante, o avaro, a inveja, o empatador, a afetação, o poder, e foi sobrar até para o domínio da estrutura da linguagem, do discurso, tanto da academia quanto de outros estamentos. Que coisa. Deixei e folguei. A canção, de feição incisiva, desta vez, veio acre-doce e na manha.
Além das citações do Hino Brasileiro (Maciço o preto no lábaro que ostenta estrelado) e de “Aquarela do Brasil”, Ary Barroso, (A merencória luz da lua, beija), há outra alusão que, mais prazerosa ainda, se veio, arrematadora, parar na letra. Está no verso “Mulato Carmim você passa e não carrega embrulho”. “Não carrega embrulho”, surrupiei, afetivamente, do admirável samba “A Banca do Distinto”, autoria de Billy Blanco. Para quem não sabe da história desta canção: a música foi feita para a cantora Dolores Duran, na época namorada de Billy. Dolores contou-lhe a história de um bacana que frequentava seus shows no Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro. De costas para o palco, o patife bebia uísque no balcão e ordenava canções. Nunca apertava a mão de negros. Nem carregava a marmita. O garçom levava-lhe a embalagem até o carro. Depois de ouvir o perfil, Billy desfiou o samba num desagravo: "Não fala com pobre, não dá mão a preto - Não carrega embrulho- Pra que tanta pose, doutor - Pra que esse orgulho..." Serviu como uma luva.
Quando Fernando do Ó escutou a melodia, logo me disse: vou colocar um vibrafone neste samba. Aí e com isso, ele elducorou de vez o desenho dos tamborins, a melodia passada a limpo pelo piano do Michel Dorfman e o soar das vassouras na caixa."

Lua Caiada
"Pensei, mais uma vez, como “Dia da Festa”, num remoto lugarejo praiano. A lascívia noite brasileira, o sopro morno da orla, a lua como ornamento e signo, seu halo no oleado do mar, sobre as ruas de pedras e o povo dançando sob este éter.
Logo senti a recordação quando da primeira vez que entrei numa casa de chão batido. Eu tinha 11 anos. A casa era caiada e o piso era um grafite, tão esmeradamente varrido. O fogão à lenha, a chaleira areada, duas cadeiras de madeira com assentos de palha trançada, uma criança com febre, a mulher magra e triste, uma pequena mesa e muito mais viria nesta recordação, além do cheiro úmido da casa que ainda está em mim.
A melodia da gaita, em três vozes, que no fim da música se insere, é de bem antes, 1971. Lembro bem de saber que um dia eu iria usá-la. Como é que pode isto se dar quase 40 anos depois? Dois grandes amigos, Gustavo Finkler e sua companheira Renata Mattar se mandaram de São Paulo, especialmente para gravarem, respectivamente, a viola e a gaita. Tudo ficou candente."

Marinho
"O vinho não é muito minha praia. Mas fico admirado com aqueles que, ao sorverem a bebida, depois de fungarem educadamente a borda do cálice, passam a parir frases aromáticas: este possui um traço de almiscar, um travo de grama cortada, notas de cerejas e tabaco, longes de frutos negros... e assim vai, uma maravilha de poesia.
Para compor “Marinho”, consumido de pejo, fui colhendo, até onde minha ignorância pode ver e arrumar, uns longes da canção maresia de Dorival Caymmi, o mesmo longes da música do oceano Villa Lobos, quase nadinha do rizoma metafísico de Guimarães Rosa.
Quando comecei a melodia, vi que estava “baixando” o seu Villa. Quando veio o verso “Zé Calo não quis nem buli”, sentia o seu Dori se aproximando. Noutro verso, “soubesse o medo que tenho deste vasto (mar) que abisma sem precisão”, eu pensei pronto: agora chegou o seu Rosa. E assim fui com esses três, tremendo de medo.
Faço MPB por instinto e quando me dou conta que consigo ficar, ainda que a infinitas léguas, lindeiro de suas gemas e de seu arco, resta-me quedar entre apoucado e feliz. "

Cadê
"Quase 40 anos depois, voltei a morar perto do bairro onde me criei em Porto Alegre. Um dia resolvi e me fui ao pretérito. Entre outras referências que ainda restavam - comecei a notar as ausências indeléveis de um armazém que ficava na esquina de casa, a falta de um cinamomo, o campinho de areão transformado num monstro de 15 andares e, ainda espiando, levar um baque ao escutar meu nome na voz de um amigo de infância ainda morador dali.E tudo foi tão especialmente vivo e bateu forte a noção do “sem tempo”. Eu não estava ali em busca do tempo perdido, pois deste quase nada extraviei.
Existem, ao longo da história do cancioneiro brasileiro, mil músicas a partir desse tema da recordação. Mas em “Cadê”, embora com a letra dobrada em lembranças intactas, o mais prazeroso foi me descobrir com a ludicidade destes signos. Por estes e com estes, evidentemente, nos tornamos o que somos. Seria outro, se na casa de meu avô não morassem os mistérios que só um porão e um sótão sabem guardar ou esconder. A quase angústia na pergunta “cadê”, no título, todavia, já estava respondida desde sempre.
Portoalegrense, deitei citações da cidade: ora os nomes das ruas nas formas reduzidas, ora personagens como o Professor Brilhante e sua boina, desenhando sob as marquises da Igreja do Rosário. A descoberta da cidade, ainda como infanto, e meu anseio de pertencimento para com ela ainda vibram.
O clarinete de Alexandre Rosa mostra um fraseado contínuo, como a fábula do tempo e seu eterno retorno."

Clara
"Não dá para não observar numa pessoa que acaba de receber uma boa nova. E ela nem saberia, se quisesse, dissimular. Seus poros, em arrepio, a trairiam.
Um verso rezado que se vai numa escala de semitons descendo rio abaixo até chegar ao mar da constatação. Foi isso que vi no rosto da minha irmã, que não se chama Clara.
Exercito-me atento ao milagre do prosaico, do lhano, e no demasiado humano quando os olhos nos olhos se vão dando."

Teu Segredo
"Como disse no texto que fala sobre as letras, foi um ano antes de eu começar a gravar que mandei para o Bebeto Alves a melodia toda do “Teu Segredo”. Na mesma remessa, foram pedaços de versos e vários cacos de palavras. Ele, rápido e bondoso, logo montou a carpintaria.
Pretendia contar a velha história da moça que nega o amor que deveras sente pelo amado. Queria também que os versos fossem diretos, simples, com as rimas a partir do infinitivo dos verbos: estrelar, revelar, derramar, tudo pulsando de ardor, e na delicadeza, solicitando à paixão, a felicidade de “se deixar”...
No início era uma balada, mas pedi uma levada de samba para as congas e os vasos de cerâmica de Giovani Berti e do Fernando do Ó. Eles se puxaram mais uma vez.
Onde eu gravei havia dois estúdios. Uma tarde, quando colocava voz final nesta faixa, fui até a sala do café e escutei um músico, que não conhecia, ensaiando para outro disco. Ele executava uma peça difícil na gaita. Na volta, falei para o técnico Aguinaldo Paz: quem é aquele cara que tá lá no café tocando? É o Luizinho Correa, respondeu. Devolvi de pronto: será que ele toparia colocar umas frases nessa minha música? Deixa comigo, respondeu Aguina e foi saindo. Daqui a pouco chega o Luizinho, super sorridente, com a gaita ainda nos ombros. Eu tinha um contracanto para a segunda parte e ele gravou num único take. Meu Deus! Bom, eu disse: agora faça o que quiser que tá tudo maravilhoso! Uma sincronia daquelas."

Clau
"Pungente, esta melodia me tomou, assim no mais, quando eu via um filme na TV. Peguei o violão e “tirei” a música, nota por nota, ainda fresca, com medo de esquecer. Pensei encomendar um arranjo para um quarteto de cordas, mas não deu tempo e a grana do projeto já estava comprometida. Ainda penso fazer isso no futuro. Mas o piano do Michel Dorfman, mais uma vez, se encarregou lindamente disso.
Por pouco não levou o nome de “Sodade” ou “Primeira Sodade”. Virou Clau, pois a saudade era dela."

Esse Amor
"A melodia desta canção, como muita das outras, ficou sem letra durante uns três anos. Todo o dia ela surgia na cabeça e eu a assobiava em casa, na rua ou quando pegava o violão. Mesmo sem letra, cantava em alguns saraus. Uma perseguição das “buenas”.
Ficou na manha e solar, quase um samba bossa/canção. É uma doida declaração de amor, doida de não se atar, pois que não suporta mais sentir o desejo pulsar à demasia e o escancara em tripas e coração.
A frase que compus para a introdução pensava que soaria bem se fosse por um violão com cordas de aço. Aí, no estúdio, o Michel Dorfman me disse que tinha sido presenteado com uma escaleta novinha em folha...
O Mario Carvalho, primeiro gravou um baixo elétrico. Uma semana depois, chegou ele no estúdio, com uma cara de sem vergonha, tirou um cd da bolsa e me disse: gravei um baixo acústico em casa. Ficou demais. E ficou."

Ágora
"O Antonio Villeroy estava no estrangeiro, como dizia minha tia, acho que em Nova York, e de lá me envia um e-mail com versos cítricos, severos e poéticos. O escopo do parceiro era que começássemos, incitando-nos, a compor um novo repertório para o disco ou espetáculo “Juntos”, que reúne, além de nós dois, mais o Bebeto Alves e o Gelson Oliveira.
Na tela do computador, li os versos “somos homens bípedes com polegar aptos a... ...nossas vozes querem mais do que arranhar...” assim mesmo, sem mais nada, como se lançasse uma bola ao futuro. Ainda ali, sem perceber, fui desvelando a melodia que já estava soando pela métrica. Uma valsa.
Uma praça árida, ocre, sol a pino, a urbes, a espécie humana e o nada. Esse era o filme que me passava na cachola. Eu estava lendo alguma coisa de filosofia na época e a brincadeira com agora e ágora (praça) era o cenário/tempo para falar em nós, os “Juntos”, metidos nesta contemporaneidade maluca, neste “devir” maluco. Aconteceu do disco “Juntos” ser adiado, por conta dos projetos individuais dos quatro amigos. Mas a valsa estava lá comigo, quentinha. Quer saber: vou gravar.
O bandolim, ao esmero, do jovem Pedrinho Franco, sola a valsa inteira. É legítima a felicidade de escutá-lo."

Sábado de Manhã (para Mariana e Nicholas)
"Sábado de manhã, pra mim, é a concessão do vadiar, do ócio. No entanto, é um período circunscrito. Começa cedinho e vai, no máximo, até duas da tarde. Depois disso, na demasia da metáfora, já é domingo. Então, é neste âmbito de poucas horas que fico a perambular sem culpa por ruas que não conheço. Dobro ali, acolá, faço uma fezinha na loteca, e deixo-me, pelas onze, numa meia taça de café preto e um pastel. Se estiver com o Nicholas (meu filho de oito anos) vamos à pracinha, como ia com a irmã Mariana (que está com 22). E mais nem sei, por não saber mesmo.
O chorinho “Sábado de Manhã” veio neste clima. Proponho ou arrisco um convite: coloque esta faixa no tocador de Cd para “escutar” no seu próximo sábado de manhã, se possível, antes das 14hs."

No Cacho
"Fazendo a letra, lembrei do Lupi, que chamava seus amigos de “meu camaradinha”. Um diminutivo afetuoso, de estima sem par, inda mais naquela sua voz serena. Usei essa expressão e uma cena do samba canção “Quem há de dizer”, dele e do Alcides Gonçalves: “repare bem que quando ela fala, ilumina mais a sala do que a luz do refletor”. Em “No Cacho”, o mesmo sentido eu pretendi emprestar. O realce da moça possuída de esplendor, mistério e desejo. Já o personagem que fala, está morrendo de medo, na angústia de tirar ou não a moça pra dançar. Morreria no brejo, se não fosse, sob resgate derradeiro, salvo pela diva habitué da gafieira. Por pouco não batizo o samba de “Consolação”."

Clemente
“Eu vou na catega”. Quando um moleque, lá na minha rua, ao devolver um simples passe agregava algum ornamento - ou de calcanhar ou de letra – dizia-se que ele era cheio de “catega”.
O samba de roda baiano, samba chula, o samba de partido alto são a própria “catega” brasileira. "

Noite Vazou Encantada
"Este samba também faz parte do rol de músicas que ficaram sem letras por um bom período. Cantava nos shows, como disse noutro texto, mesmo sem ele estar pronto. Queria “experimentar” o refrão com a platéia. Muitas vezes, na manha, ela cantava comigo. Por isso, ao gravar, convidei um “bando” de amigos para fazer o coro do refrão. Foi emocionante ver, um por um deles, chegando no estúdio. Depois, ao fazerem um semi-círculo diante dos microfones e, mais ainda, quando mandaram ver: pura estima."

Entrevista com Nelson Coelho de Castro falando sobre seu novo CD, Lua Caiada


O compositor Nelson Coelho de Castro está lançando seu novo CD. Em entrevista ao Odara Blog, ele revela detalhes da produção deste novo trabalho, produzido com a chancela do Programa Petrobras Cultural e que está sendo lançado no próximo dia 7 de maio, em Porto Alegre, no Salão de Atos da UFRGS. Vamos aos principais trechos:

O primeiro LP continua:

"Com o lançamento deste CD, recupero uma emoção que se mantém ilesa. Lá no vinil - “Juntos”, de 1981, (meu primeiro disco) eu arrisquei descrever para aquele encarte uma singela reminiscência. O texto falava sobre as cores dos selos do LPs... cor de vinho, preto ou azul marinho. Depois, dos cantores e cantoras, eternamente dentro dos fonogramas, e de como ficava admirado pelo mistério daquilo acontecer: o brilho da negra esfera no prato, o verde musgo da estampa Odeon, a agulha sobre os sulcos e a voz de Anísio Silva entrando na sala para meu pai dançar com minha mãe. Naquele arrazoado, beirando pieguice, nem falei das capas, principalmente desta do Anísio, 1959, com ele, moço e muito bonito, de colete, exibindo um bigode David Niven, posando com o queixo apoiado entre o indicador e o polegar. Sei que foi bem aí da música me apanhar para sempre e eu não tinha seis anos, tinha cinco.
Em fevereiro deste ano, quando recebi o CD recém vindo da fábrica, replicou aquele estremecimento e senti que nada daquele espanto havia secado. Mesmo que hoje os discos sejam engolidos pelo player ou nem mais existam como mídia física, para mim sempre haverá este mistério dos cantores e cantoras, sem cronos, num suporte qualquer, que, num zás, poderão preencher com suas canções uma pequena sala, a web planetária ou o ego/fone dum Ipod. Então, ao anunciar este novo trabalho, aos 56 anos, aquele menino pasmo emerge e eu consinto. Não poderia recusar este encantamento do qual faço parte e que justifica os meus quase 30 anos de função."

Da concepção:

"Neste CD “Lua Caiada” busquei uma unidade que quase sempre, por paixão e por desatento, preteri. Nos discos passados, as músicas que eu selecionava na hora de gravar, às vezes, eram as que estavam mais próximas e daí, as mais “púberes” ganhavam pelo viço. Não importando o gênero, elas se misturavam com as que estavam na espera ou mesmo com as dispersas no tempo. Isto deixou alguns discos, principalmente aqueles que foram registros de intervalos longos sem gravar, como um punhado de balas sortidas e, mesmo sendo essas e esses a minha cara, a chamada “unidade estética” residia apenas aí. A “uniformidade” aguardada, (in)conscientemente subestimada, ia pro brejo. Por sorte, desta vez, não foi aflitiva a decisão de buscar uma unidade, mesmo achando que sentiria alguma culpa por ser um desnaturado e deixar “de fora” uma canção. Mesmo esta sendo díspar. O que veio a calhar foi das canções eleitas não serem primas distantes. Penso que cheguei há dois passos da tal coesão."

Dos arranjos:

"Nos meus discos anteriores, os arranjos das músicas eu deixava para fazer no estúdio com o auxílio dos instrumentistas que já me acompanhavam nos shows. Mostrava para eles as canções e também uma meia dúzia de frases e ideias musicais que seriam utilizadas ou não. O restante, só era concebido na hora de gravar. Muitas vezes, os resultados foram surpreendentes. Noutras, a imagens propostas se apartavam um pouco das originais. Mesmo assim, eu gostava disso, dessa coisa a partir da contingência, do momento parindo e as gravações sendo feitas de modo “take” ao vivo. As canções ficavam “quentes”, com uma pegada de grupo, de banda e não de simplesmente músicos acompanhantes arregimentados para tal. Tive sempre a sorte de contar com grandes músicos nestas ocasiões. Generosos e amigos, com eles a coisa sempre fluiu com proveito e muito aprendi.
Desta vez, por pouco que não encaro um receio do qual eu sempre ladeava. Era o de contratar um arranjador que fizesse a carpintaria das canções. Um embaraço me batia, pois a empatia ou a afinidade com o arranjador teria que ser naturalmente construída. Senão, ao encomendar os arranjos, o resultado poderia soar remoto. Ilustro a sestrosa coisa. É que quando eu escutava algum disco, por exemplo, de compositor/cantor, (e, se um destes produzidos com arranjos encomendados) observava também que, não poucos, soavam dessemelhantes à obra autoral do artista. Arranjadores e compositores são casamentos raros. Temia por isso e como tempo drenava rápido demais, abandonei a idéia. No próximo, vou encarar. A figura dos arranjadores na MPB é basilar.
Decidi, então, eu mesmo botar a mão na massa. Sendo o projeto financiado pela Petrobras, consegui realizar a pré-produção do disco. Começou no home estúdio do músico Mario Carvalho. Experimentamos algumas levadas, timbres e gravamos demos. Depois, passei a compor as frases das introduções, das passagens e dos contracantos. Assim fiz para todas as canções. A última etapa, antes de gravar, foi a dos ensaios com a banda de base.
Eu estudei violão clássico, lá pelos anos 70. Então lia e escrevia música. Como passei logo a compor música popular, acabei abandonando, infelizmente, a escrita e a leitura musical por dolo e ócio. “Deslembrado”, pedi um grande favor ao Pedrinho Franco. Ele estudava perto da minha antiga casa, aqui em Porto Alegre. De tarde, depois da aula, ele ia para lá. Lápis, borracha e caderno de pentagrama na mesa da sala, uma jarra de suco de uva para ele, um bule de café para mim. Houve uns três encontros com ele colocando na pauta o que eu lhe solfejava, assobiava ou ditava. Acurado, ele pegava o violão e tocava pra eu saber se era aquilo mesmo. E era. E foi aquilo tudo parar no Cd. Pedrinho ainda colaborou nas cifras e como copista.
Uma experiência doida de linda é essa, agora, com o disco recém parido, de escutar exatamente o que eu havia imaginado. Obrigado, Pedrinho. Prometo estudar."

Das letras:

"É esfolar a imprecisão quando me arrisco a responder uma pergunta recorrente aos compositores: primeiro a letra, a música depois ou vem “tudo/junto/incluído/de uma vez”? Essa coisa doida é toda doida coisa. Depois de 30 anos fazendo isso, tudo está entranhado que se torna difícil aclarar. Bueno. Um dia é uma palavra que acende a música. Noutro, uma fortuita melodia me aborda e cobra um verso. Noutro ainda, apenas um acorde faz borbotar a hemorragia, quase sempre depois que levo um soco no baço ou da vida, da esquina, da cidade, do país etc... Mas rola também o deserto brabo e daí... nasce nada. E isso pode perdurar ao medo.Existem canções que se querem urgentes, expeditas e se admitem logo independentes do compositor. Tem as de encomendas, com seus prazos inspiradores ou sufocantes. Posso ir mais além, para dizer que há canções que não se deixam parir assim tão céleres. Solicitam-se caprichosas por maturação e algum dengo. Outras são noviças, tenras, e desta vez, é o compositor que não quer, ou não admite, o desmame. É para ficar o maior tempo possível perto delas, pois sabe, se prontas, elas criam asas e se alçam. Gosto de todas estas formas. Até daquelas, e são muitas, que se sabe que irão parar na amnésia.
O que sucedeu com as canções que vinha selecionando para este Cd foi das músicas se apresentarem bem antes das letras. Um ou outro verso, quando vinha, vinha débil ou fraturado. Às vezes, um achava de emanar, mas no máximo assegurava o assunto da canção. Muitas das palavras, como ferramentas, suportavam apenas o ônus para que eu pudesse memorizar a melodia ou um acorde específico e só. E cada vez mais as harmonias chegavam sem as letras. Trabalhava a música, pensava no arranjo, nos instrumentos, ensaiava com os músicos, mas e as letras? Não dei muita bola. Na hora vai rolar, me lograva.
O engraçado, ou melhor, a ironia, é que eu me achava mais apto em fazer textos e a música, em mim, sempre foi e será produzida instintivamente. Minha relação com o fluxo do pensamento escrito me acompanha faz tempo. E este, bem na hora do trabalho, se mandou lá para não sei donde e sem aviso prévio.
E chegou o e-mail com a agenda do estúdio: dia tal vão começa as gravações das bases. Provoquei, sem rubor algum, cenas hilárias. Os músicos riam. Eu cantando a “voz guia” das canções e estas abarrotadas de palavras inventadas na hora, versos excêntricos e fonemas sem pé nem cabeça. E foi assim em quase todas as gravações e nada das letras, uma doidaria.
Eu passava os dias e as noites num misto de estóico e prazeroso empenho na garimpagem de palavras, de fabulações, de emoções recônditas ou ainda frescas. O pânico era de que a datas do cronograma do projeto já acenavam com um sinal rubro. Minha acuidade vadia na escolha dos versos e das palavras fazia o tempo escoar-se
rápido por demais. Como compositor, continuamente desguiei da afetação do rigor que gessa. Entendo que rigorosidade é uma falsa senhora e o rigorista esconde um tenso narciso. A arte do compositor popular é de outra beira e, para continuar no chiste, a perfeição é uma meta defendida pelo Gilberto Gil seus outros grandes pares.

As parcerias, com Bebeto Alves e Antônio Villeroy, foram mais fáceis. Um ano antes de eu começar a gravar, Bebeto achou rumo certo para “Teu Segredo”. Para ele mandei a melodia toda, alguns versos e vários pedaços e cacos de palavras. Ele, bondoso, montou a carpintaria. Ufa! Com Antonio, aconteceu de ele me mandar um e-mail com uma estrofe de cenas cortantes e insólitas e destas desvelei, aos poucos, a valsa “Àgora”. No entusiasmo, escrevi o restante da letra.
Mas e as outras? O samba ”Noite Vazou Encantada”, mesmo inconclusa, eu a experimentava nos shows. Dizia para as pessoas que ainda não estava pronta e pedia, mesmo assim, para elas cantarem a primeira parte. A segunda parte - prometia - vocês vão escutar no disco. Fiquei com medo desta promessa. Eu não alcançava terminá-la. A inspiração, às vezes, é um ferrolho rude, pensei. Daí que passei a fabular histórias e mais estórias para cada uma das canções. O garimpo era toda a casa com livros espalhados pelo chão, pelas mesas, pelos cantos, banheiro, cozinha, revistas, jornais, anotações, rabiscos, papéis aos nacos e mais os formigueiros dos dicionários. Uma formidável entropia a meu dispor, para omitir o termo bagunça. O computador, só ao final utilizei: recorta e cola, recorta e cola...
Para a desordem criativa, fiz uma pasta de cartolina para cada música, um artifício que inventei nos anos 70. 14 pastas. O título e o tom. Nestas, ia jogando tudo que eu via referente a cada canção. Pescava uma palavra num livro, num jornal, num texto alhures, num papo, num blog, na TV, no rádio, ia tomando nota e tudo parava nas pastas. Elas engordando e o calendário pegando fogo. Ainda havia um troço que me persegue nestas quadras, como o gosto da palavra, o malte da palavra, da carne/lascívia do fonema, da graxa da sílaba dita ou cantada e a plena fruição no encalço da intangível prosódia perfeita. Em febre, vejo, na folhinha, o dia da mixagem chegando. E as letras? Disse, para espanto do Agnaldo Paz, técnico de gravação: - vou mixar o disco sem as letras prontas. Depois coloco a voz sobre a mix finalizada. Ganhei mais duas semanas com isso. Mixava durante a madrugada e passava o dia no garimpo. Não havia padecimento: era inteiro de deleite. Claro que, pelo prazo do projeto estar se esgotando, eu sofria uns solavancos de culpa e de expiação.
Uns dois dias antes de gravar a voz final, enfim, havia terminado a coisa toda. Vou mentir se não disser do meu lápis que trabalhou até o derradeiro instante.
O resultado foi que as canções parecem feitas ontem. E foram."

domingo, 11 de abril de 2010

HOMENAGEM AO DIA NACIONAL DO CHORO


O Clube do Choro de Porto Alegre retorna ao Instituto Cultural após o grande sucesso do espetáculo de comemoração dos seus 20 Anos, realizado em novembro passado. Agora, a apresentação é em Homenagem ao Dia Nacional do Choro e será realizada na terça-feira, dia 20 de abril, às 20 horas, no Auditório do Cultural (Riachuelo 1253).

Este espetáculo deverá reunir os músicos integrantes do Clube do Choro (Arthur Sampaio no violão, Enio Casanova no bandolim e cavaquinho, Luiz Bastos Cebolinha no cavaquinho, André Rocha no pandeiro, Runi Correa no surdo, Paulo Platt na caixeta e Myriam Sampaio na voz), ao lado de Rafael Lima no saxofone, como participação especial.

O Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril, em homenagem à data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras exponenciais da música popular brasileira, e em especial do choro.

Pixinguinha
Alfredo da Rocha Vianna Júnior nasceu em 23 de abril de 1887. Cedo dedicou-se à música e deixou um legado de inúmeros clássicos, arranjos e interpretações magistrais, como flautista e saxofonista. Carinhoso, Lamento, Rosa, 1 x 0, Ainda Me Recordo, Proezas de Solon, Naquele Tempo, Vou Vivendo, Abraçando Jacaré, Os Oito Batutas, Sofres Porque Queres, Fala Baixinho, Ingênuo, estão entre algumas de suas principais composições.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Saiu a lista definitiva dos indicados ao Troféu Açorianos de Música em 2010


Saiu na terça-feira, dia 06 de abril, a lista completa e definitiva das indicações ao Troféu Açorianos de Música 2010, relativo aos trabalhos musicais produzidos no Rio Grande do Sul durante o ano de 2009.

Mais uma vez, a Odara Produções assina vários dos projetos indicados e, com muita alegria, comemora a indicação de seu diretor Márcio Gobatto como Melhor Produtor Executivo:

O Projeto Cidade Baixa, de Fausto Prado e Caetano Silveira, levou seis indicações: Melhor espetáculo, Melhor Disco de MPB, Melhor arranjador para Fausto Prado, Melhor Projeto Gráfico para Diego e Eduardo Antunes, Melhor intérprete para Alex Alano, Ana Krüger e Andrea Cavalheiro, além de Melhor Produtor Executivo para Márcio Gobatto.

O Projeto Milongaço, de Maurício Marques, teve 5 indicações: Melhor Disco na Categoria Instrumental, Melhor arranjador, Instrumentista e compositor para Maurício Marques, além de Melhor Produtor Executivo para Márcio Gobatto.

E o Projeto Tridimensional, de Gelson Oliveira, teve 3 indicações: Melhor compositor em MPB para Gelson Oliveira, Melhor Instrumentista em MPB para Paulinho Fagundes, além de Melhor Produtor Executivo para Márcio Gobatto.

A entrega do Prêmio Açorianos acontece no dia 28 de abril, às 20:30 horas, no Theatro São Pedro e a lista completa dos indicados pode ser conferida na página da SMC: www.portoalegre.rs.gov.br/cultura.

Parabéns a todos os indicados !

terça-feira, 6 de abril de 2010

Programa do Samba e do Choro em horário novo


O Programa do Samba e do Choro está com novos horários na programação 2010 da Rádio Web Buzina do Gasômetro.

Agora o Programa apresentado por Márcio Gobatto e produzido pela Odara Produções pode ser conferido nas terças e sextas-feiras, sempre em dois horários: às 13 e às 22horas.

O endereço da Rádio é o www.radiobuzina.com.br

sábado, 3 de abril de 2010

O Choro do Rio Grande na Livraria Cultura


Os Músicos Mathias Pinto - Violão 7 cordas, Guilherme Sanches - Pandeiro e Vinicius Ferrão - Bandolim irão se reunir na próxima sexta-feira, dia 9, para apresentar o espetáculo "CHORO DO RIO GRANDE", na Livraria Cultura (Bourbon Country - Porto Alegre), a partir das 19 horas. A entrada é 1kg de alimento não perecível.

O repertório apresenta a obra de compositores gaúchos de choro, como Octávio Dutra, Avendano Jr, Radamés Gnattali e Plauto Cruz, sem deixar de lado a produção de compositores atuais que seguem mantendo a produção contínua desse gênero musical genuinamente brasileiro, como Luís Barcelos que nasceu em Rio Grande e hoje vem se destacando no cenário musical do Rio de Janeiro.

A iniciativa destes 3 jovens músicos surgiu a partir da sua participação nas Oficinas de Choro do Santander Cultural, ministrada pelo prof. Luiz Machado. Entre outros projetos, eles também são integrantes do Espetáculo "O Maestro, o Malandro e o Poeta - Tom, Chico e Vinicius", apresentado pelas bandas: Carne de Panela, Tribo Brasil e Roda Viva.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Clube do Choro de Porto Alegre sem espaço para tocar


O Clube do Choro de Porto Alegre, entidade que há mais de 20 anos luta para preservar a cultura de nossa cidade, em especial, da nossa música mais tradicional que é o chorinho, está sem espaço para se apresentar.

Desde 1989 estes abnegados músicos reúnem-se religiosamente em todas as quintas-feiras para brindar os ouvintes com a sua música. Agora, porém, o Clube do Choro enfrenta dificuldades para encontrar uma sede, já que não houve acordo com a direção do Ypiranga Futebol Clube, que abrigava as "Noites de Quinta" há quase dez anos.

Na semana de aniversário de Porto Alegre, essa notícia serve para entristecer um pouquinho mais aqueles que trabalham em prol da cultura em nossa cidade !

sexta-feira, 12 de março de 2010

Novo CD de Nelson Coelho de Castro em primeira mão no Programa do Samba e do Choro !


O CD Lua Caiada, mais recente trabalho de Nelson Coelho de Castro, é a atração do Programa do Samba e do Choro da próxima semana, na rádio web Buzina do Gasômetro. Ouça em primeira mão as músicas inéditas deste trabalho que tem tudo para ser um dos grandes lançamentos fonográficos da nossa mpb no ano de 2010 !

Confira às terças e quintas, ao vivo, às 13 horas, com reprise às 22 horas, no endereço: www.radiobuzina.com.br

O CD encontra-se à venda para todo o Brasil através do site www.livrariacultura.com.br

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Projeto Instrumental RS inicia turnê nacional


Os grupos Pata de Elefante, Quartchêto e Camerata Brasileira dividem o palco em turnê nacional em março, através do projeto Instrumental RS.

Serão seis shows em Floripa, Curitiba, Tatuí, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre, e em cada um deles os músicos irão ministrar workshop para estudantes, músicos e interessados. Ao longo da turnê está prevista a gravação de um SMD, com tiragem de três mil cópias.

Produzido pela Liga Produtora Cultural, dos meus amigos Dedé Ribeiro, Luiza Pires e Francisco Ribeiro, este projeto tem o Patrocínio do Programa Petrobras Cultural.

Acompanhe o roteiro:

FLORIANÓPOLIS
03/03 - 20:00 - Centro de Eventos da UFSC - Auditório Garapuvu

CURITIBA
05/03 - 23:00 - John Bull Music Hall

TATUÍ
07/03 – 20:00 - Conservatório Dramático e Musical de Tatuí

RIO DE JANEIRO
09/03 – 19:00 - Sala Baden Powell

BELO HORIZONTE
11/03 - 21:00 - Teatro Izabela Hendrix

PORTO ALEGRE
17/03 – 20:00 – Assembléia Legislativa – Auditório Dante Barone

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mario Falcão aprova projeto no Programa Petrobras Cultural


O compositor e cantor Mario Falcão teve seu projeto AMADOR aprovado no Edital de Gravação e Circulação de Música com Disponibilização na Internet, pelo Programa Petrobras Cultural 2009/2010.

Segundo trabalho de Mario Falcão, Amador apresenta novas composições do compositor, acompanhado por alguns dos melhores músicos de Porto Alegre.

É mais um projeto aprovado pela Odara Produções, selecionado entre 2.712 concorrentes de todo o Brasil. Desses, 2.309 estavam aptos a concorrer, sendo que 59% vieram do Rio e de São Paulo.

A última edição do programa teve como novidades o investimento na manutenção de grupos de teatro e de circo, em turnês de shows de música, na disponibilização de música pela internet e na manutenção de sites culturais. A lista completa dos selecionados está em www.hotsitespetrobras.com.br/ppc.

CD instrumental de Arthur de Faria & Seu Conjunto é aprovado no Edital Natura Musical


Saiu o resultado oficial da 5a. edição do Edital Natura Musical - Categoria Fomento à Música.

E um dos contemplados foi o projeto de produção do CD Música pra Ouvir Sentado, de Arthur de Faria & Seu Conjunto, primeiro trabalho exclusivamente de música instrumental do grupo.

Este é mais um projeto organizado pela Odara Produções, em parceria com a Casa Elétrica.

Milongaço no BNDES


Saiu o resultado do Edital de Seleção Nacional para Ocupação do Espaço Bndes, dentro do tradicional projeto "Quintas no Bndes".

A proposta de apresentação do espetáculo "Milongaço", com o Maurício Marques Quarteto foi uma das selecionadas, por sinal, a única gaúcha !

O Show deve ser realizado no dia 30 de setembro e reunirá, além de Maurício no violão de oito cordas, Luciano Maia no acordeon, Felipe Alvares no baixo e Marco Michelon na percussão.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nanci Araújo e Cida Moreira juntas no Dia Internacional da Mulher



Nanci Araújo e Cida Moreira se apresentam juntas em um show comemorativo ao Dia Internacional da Mulher, no dia 6 de março, às 20 horas, no Teatro do Sesc, em Porto Alegre (Alberto Bins 665).

Nanci estará acompanhada de Giovani Berti na percussão, Beto Bollo no violão e Nico Bueno no baixo. Cida Moreira estará acompanhada do maestro Gil Reyes, nos sopros.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sambanana é um espaço para a boa música na Web


O compositor e sambista Jorge Macedo mantém um belo blog na web !

É o Sambanana (www.sambanana.blogspot.com), onde ele publica sambas que são verdadeiras jóias raras, independente da interpretação.

Muitos destes sambas são gravações originais de seus autores, servindo como uma ótima fonte de pesquisa para quem quiser conhecer a boa música popular brasileira que não toca mais nas rádios.

Vale a pena conferir !

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

2010 começa em ritmo acelerado

Boas notícias na virada do ano: a Odara Produções teve aprovados mais três projetos para produção em 2010.

Entre eles, os novos CDs de Flora Almeida e Arthur de Faria e o primeiro trabalho da compositora Fernanda Krüger.

Estes trabalhos se juntam a outros já em andamento, como os lançamentos de Nelson Coelho de Castro e de Rodrigo Piva.

Como se vê, vai ser um ano de muito trabalho.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Adeus ano velho, feliz ano novo


Repetindo o balanço que fizemos neste Blog no ano passado, vamos projetar 2010, ano em que a Odara Produções completa 15 anos de atividades !

2009 se encerrou com o sentimento de dever cumprido, com o lançamento de 4 CDs de grande qualidade: Maurício Marques, Fausto Prado e Caetano Silveira, Gelson Oliveira e De Santana. O Programa do Samba e do Choro também completou 1 ano na Rádio Web Buzina do Gasômetro.

Para o ano de 2010, muitas novidades: vamos lançar no primeiro semestre os mais recentes trabalhos de Nelson Coelho de Castro e Rodrigo Piva, que estão em processo de finalização. E também estamos iniciando a produção do CD Música pra Ouvir Sentado, disco instrumental de Arthur de Faria e Seu Conjunto, com muitos convidados especiais. Aguardem mais informações aqui mesmo neste blog.

A Odara Produções deseja a todos um ano de 2010 muito produtivo, cheio de alegrias e de realizações !

Nelson Coelho de Castro finaliza o novo CD


O compositor Nelson Coelho de Castro está finalizando seu novo CD, Lua Caiada, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2010, com uma Turnê passando pelas cidades de Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

O projeto conta com o financiamento do Programa Petrobras Cultural, foi gravado e mixado em Porto Alegre, nos estúdios da Acit e teve a participação dos músicos Michel Dorfman, Edilson Avila, Mario Carvalho, Fernando do Ó, Giovani Berti, Alexandre Rosa, João Carlos Charão, Luizinho Santos e Pedrinho Franco.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Projetos musicais em busca de patrocínio


Neste final de ano, a Odara Produções Culturais oferece diversas opções para empresas ou pessoas físicas fazerem seus investimentos em projetos culturais de qualidade. São projetos de vários estilos musicais, todos eles elaborados e coordenados pela produtora.

Entre eles:
- 100 Anos de Choro no RS - Turnê por 10 cidades do RS, em homenagem aos 20 anos do Clube do Choro de Porto Alegre e aos 80 Anos do flautista Plauto Cruz.
- Tera Viva - Live Earth - Turnê de música instrumental por 10 cidades do RS, divulgando a mensagen pacifista do músico Edu Natureza.
- Felipe Azevedo - Violão com Voz - Turnê nacional por 16 cidades.
- Arrabalero - Dudu Sperb - Turnê nacional por 4 cidades.
- Grupo Apocalypse - Turnê nacional por 8 cidades.
- ProjetoItagiba - Gravação de CD e lançamento em 3 capitais, do trabalho desenvolvido por Edu Coelho e Cláudio Monster Christello Mileski.

Pessoas físicas que quiserem apoiar projetos culturais podem aplicar até 6% do valor de seu Imposto de Renda Pessoa Física devido. De acordo com a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313/91, mais conhecida como Lei Rouanet), qualquer cidadão ou cidadã pode destinar uma parte de seu imposto de renda a pagar para projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura.

Para calcular a dedução, façam uma simulação no site da Receita Federal no seguinte ponteiro:

http://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ATRJO/Simulador/SimIRPFAnual2008.htm

Vejam o Item 5: Dedução de Incentivo

Importante: o prazo para efetuar o depósito encerra-se em 30 de dezembro de 2009, referente ao IR de 2010.

Entre em contato para receber maiores informações pelo e-mail: odara@cpovo.net

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Show em Homenagem aos 20 Anos do Clube do Choro e aos 80 Anos de idade de Plauto Cruz



O Espetáculo 100 ANOS DE CHORO NO RS - Homenagem aos 20 Anos de Atividades do Clube do Choro de Porto Alegre e aos 80 Anos de idade de Plauto Cruz, será realizado na próxima terça-feira, dia 24 de novembro, às 20 horas, no Teatro do Cultural (Rua Riachuelo 1257).

O Regional do Clube do Choro de Porto Alegre é formado pelos músicos: Ênio Casanova no bandolim, Luiz Palmeira no violão sete cordas, Runi Correa no surdo, André Rocha no pandeiro, Paulo Platt na caixeta, Luiz Bastos Cebolinha no cavaquinho e Arthur Sampaio no violão seis cordas, além de Plauto Cruz na flauta. Participação especial de Samuel da Costa na gaita-ponto. O espetáculo será apresentado por Myriam Sampaio, presidente do Clube do Choro, que será a mestre de cerimônias, apresentando comentários sobre o repertório e os autores de cada música. Na direção artística e musical, Runi Correa. Na produção executiva, Márcio Gobatto.

A exemplo de outro clubes congêneres no Brasil, por iniciativa de nomes como Túlio Piva, Jessé Silva, Lúcio do Cavaquinho, Paulo Barbosa, Ernani Kurtz, Roberto Hipólito, entre outros chorões gaúchos, o Clube do Choro de Porto Alegre foi fundado em novembro de 1989, representando hoje um verdadeiro foco de resistência no sentido da preservação deste gênero e mantendo um crescimento ininterrupto. Caminhando firme para completar vinte anos de atividade contínua para orgulho de seus membros, o Clube do Choro de Porto Alegre, já incorporado definitivamente ao patrimônio artístico e cultural de Porto Alegre, representa hoje um verdadeiro foco de resistência no sentido da preservação deste gênero. Vêm mantendo um crescimento ininterrupto, com dois cds lançados e várias apresentações realizadas pelo interior do RS.

Com oitenta anos de vida completados também em novembro e mais de seis décadas de música, o flautista Plauto Cruz respira música 24 horas por dia e tem seu trabalho reconhecido no Brasil inteiro, como comprovam suas participações no Clube do Choro de Brasília e no Festival de Choro de Vitória, mais recentemente, e nos Festivais Nacionais do Choro, em São Paulo, na década de setenta.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Plauto Cruz completa 80 Anos de Idade



Completando oitenta anos de vida no próximo domingo, dia 15 de novembro, e com mais de seis décadas de música, o flautista Plauto Cruz respira música 24 horas por dia e tem seu trabalho reconhecido no Brasil inteiro.

Runi Correa, ex-presidente do Clube do Choro, escreveu estas belas palavras sobre o nosso grande flautista:

"Na sua simpatia natural feita de gestos e maciez de voz. Nome gaúcho de repercussão nacional. Seu talento de primeiríssima grandeza vai do rock à bossa nova, passando pelo nativismo e jazz, com choro e samba no coração.

Um dos mais conhecidos e carismáticos músicos do Rio Grande do Sul. Reconhecido pela crítica especializada um dos maiores flautista do Brasil ao lado de nomes já consagrados, como Altamiro Carrilho.

Ao comemorar seus 80 anos bem vividos e na flauta...

Parabéns, Plauto Cruz !"

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Clube do Choro comemora seus 20 Anos


O Clube do Choro de Porto Alegre está completando 20 Anos de atividades contínuas e ininterruptas !

Em homenagem ao belo trabalho de seus membros, que se mantém sem nenhum incentivo público regular, coloco aqui neste blog um texto de autoria do ex-presidente do Clube Runi Correa, falando sobre esta trajetória de amor e abnegação:

"Porto Alegre que abrigou uma das primeiras fábricas de discos do Brasil, onde foram gravadas músicas inesquecíveis, em que até argentinos vinham aqui gravar seus tangos. Porto Alegre de um dos maiores compositores do Brasil, Lupicínio Rodrigues. Porto Alegre de um dos maiores maestros do Brasil, Radamés Gnattali. Porto Alegre de grandes músicos, tanto de música clássica como popular. Porto Alegre da OSPA. Porto Alegre de vida noturna intensa e fervilhante, repleta de cantores e de instrumentistas. Porto Alegre de Elis Regina.
Essa Porto Alegre lindamente musical tinha uma falha, quase imperdoável: os amantes do choro não tinham um local para se reunir e cultuar o único ritmo genuinamente brasileiro, o choro, ou chorinho para os íntimos.
Em 1989, um grupo de pessoas maravilhosamente obstinadas e despojadas como Jaime Lubianka, Zeno Azevedo, Lucio do Cavaquinho, Jessé Silva, Paulo Barbosa, Ernani Kurtz, Barbosa, Cebolinha criaram, o Clube do Choro de Porto Alegre, sem objetivo financeiro ou da fama fácil. Apenas movidos pelo amor ao chorinho.
As reuniões de quintas-feiras conquistaram rapidamente pessoas de todas as categorias sociais e econômicas que, ao longo dos últimos vinte anos, encontraram um local para se reunir, se divertir e resistir a todos os modismos musicais.
O Clube do choro, como todos que amam a noite, vive de teimoso. Já teve várias sedes e hoje se hospeda no Ypiranga Futebol Clube, o Ypiranguinha, como carinhosamente é chamado. Sobrevive sem nenhum incentivo do poder público, apenas de seu público que, nesses 20 anos, tem fielmente “batido o ponto”. Já gravou dois CDs, tornou-se um patrimônio cultural da cidade, uma cidadela defensora do chorinho.
No Clube do Choro escutamos Pixinguinha, Waldyr Azevedo, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Zequinha de Abreu, Donga, Altamiro Carrilho, Severino Araújo e muitos outros chorões inesquecíveis. Sem falar nos gaúchos, como Túlio Piva, Jessé Silva, Chico Pedroso, Plauto Cruz, Lúcio de Cavaquinho, entre tantos outros...
Nesses 20 anos o Clube do Choro manteve aceso o amor pelo gênero musical e, em virtude disso, hoje encontramos diversos grupos de jovens talentos se dedicando ao choro e, inclusive, algumas oficinas espalhadas pela cidade.
Feliz aniversário para todos nós e, especialmente, para os pioneiros que, apesar das dificuldades, mantêm o entusiasmo dos primeiros dias ! "

Na foto, os bastidores da gravação do CD Clube do Choro - 15 Anos.

sábado, 24 de outubro de 2009

De Santana lança seu primeiro CD solo


Com mais de 40 anos de carreira, o percussionista De Santana está lançando o seu primeiro trabalho solo, o CD Los Tambores de America, com 13 composições próprias. O espetáculo de lançamento está marcado para o dia 04 de novembro, quarta-feira, às 21 horas, no Teatro Renascença (Érico Veríssimo 307).

Neste show, De Santana estará acompanhado de grandes músicos. Entre eles, Tonda nos teclados, Christian Poffo no sax e flauta, Diego Martins Costa nos violões e guitarra e Luciano De Leon no baixo. Participação especial do Grupo Sikúris.

A produção executiva é de Odara Produções e a direção musical do próprio De Santana.
O projeto do CD e do Show conta com o financiamento do Fumproarte, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

CD Los Tambores de América traça um mapa da polirritmia da América Latina

Gravado entre setembro de 2008 e junho de 2009, no Estúdio Beco das Garrafas, em Porto Alegre, o CD Los Tambores de América explora vários ritmos característicos da América Latina, fazendo um passeio musical por países como Cuba, Bolívia, Venezuela, Uruguai, Argentina e Brasil.



A viagem começa com temas afro (em Etiópia e Alvorecer), passa pelo baião (em Nova Dutra), pelo samba de roda (em Capoeira), pela rumba (em Gitanos de Andaluzia e em É Rumba Julie, composta em homenagem à sua filhinha, nascida durante as gravações), pela zamba gaucha (em Pampa Gaúcho), pelo joropo (em Tema para Amanda) e finaliza com as polirritmias do malambo, da rumba e do maculelê (em Malambeando) e da chacarera, da saia, do candombe, do joropo e do samba (em Los Tambores de América).

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Turnê Cidade Baixa encerra em Pelotas








Foi um sucesso a apresentação de encerramento da Turnê de Lançamento do CD Cidade Baixa, da dupla de compositores Fausto Prado e Caetano Silveira.
As fotos foram gentilmente cedidas pelo nosso designer de luz, Alexandre Lopes.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Fotos do Lançamento do CD Cidade Baixa em São Leopoldo








O Lançamento do CD Cidade Baixa foi realizado no dia 15/10 em São Leopoldo, no Teatro Municipal. Veja algumas fotos, gentilmente cedidas por Alexandre Lopes, designer de luz.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Fausto Prado e Caetano Silveira encerram turnê em São Leopoldo e Pelotas


A Turnê de Lançamento do CD Cidade Baixa, da dupla de compositores Fausto Prado e Caetano Silveira, encerra com dois shows em São Leopoldo (nesta quinta, às 20 horas, no Teatro Municipal) e em Pelotas (no sábado, às 21 horas, no Theatro Sete de Abril).

Financiado pela Funarte, através do Projeto Pixinguinha 2008, o CD e os shows contam com a participação de Fausto Prado na guitarra e violão, Ana Krüger, Andréa Cavalheiro e Alex Alano nos vocais, Vitor Peixoto no piano, César Moraes no baixo, Giovani Berti na percussão e Mano Gomes na bateria.

sábado, 10 de outubro de 2009

Shows de lançamento do CD Cidade Baixa em Porto Alegre e Santa Maria






Foram um sucesso os dois primeiros shows da Turnê de Lançamento do CD Cidade Baixa, dos compositores Fausto Prado e Caetano Silveira em Porto Alegre, no Teatro Renascença e em Santa Maria, no Teatro Treze de Maio.

Veja alguns momentos: as fotos de baixo são de Porto Alegre, as demais de Santa Maria. Em Porto Alegre, a iluminação foi de Marguinha Ferreira e em Santa Maria, de Alexandre Lopes.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Fausto Prado e Caetano Silveira lançam o CD Cidade Baixa


Em outubro, teremos a Turnê de Lançamento do terceiro CD da dupla de compositores Fausto Prado e Caetano Silveira, com a participação de Fausto Prado na guitarra e violão, Ana Krüger, Andréa Cavalheiro e Alex Alano nos vocais, Vitor Peixoto no piano, César Moraes no baixo, Giovani Berti na percussão e Mano Gomes na bateria.
Os shows serão realizados em Porto Alegre, na quarta-feira, dia 7 de outubro, às 20 horas, no Teatro Renascença; na sexta, dia 09 de outubro, em Santa Maria, às 21 horas, no Theatro 13 de Maio; dia 15, quinta-feira, em São Leopoldo, no Teatro Municipal, às 20 horas; encerrando em Pelotas, no dia 17 de outbro, no Theatro 7 de Abril, às 21 horas.
Este projeto foi selecionado pelo Projeto Pixinguinha 2008 e conta com o financiamento da Funarte.

sábado, 12 de setembro de 2009

Norberto Bauldaulf lança primeiro CD


O veterano pianista Norberto Baldauf está faceiro da vida. Aos 81 anos recém-completados, um dos músicos mais queridos do Rio Grande do Sul acaba de lançar o seu primeiro CD “solo” e será homenageado pela Prefeitura de Porto Alegre com o prêmio Mérito ao Patrimônio 2009.

Produzido por Roberto Nogueira, em sistema independente e auto-financiado pelo próprio Norberto, Dance com Norberto Baldauf foi gravado entre maio e julho de 2009. Em destaque, 14 sucessos bailáveis nacionais e internacionais interpretados no piano elétrico. “A seleção de repertório tem como foco algumas das músicas que venho tocando e ouvindo desde os anos 50, quando passei a atuar com mais freqüência nos bailes e emissoras de rádio”, explica o artista, empolgado com a sua estréia em formato digital. O projeto gráfico é do jornalista e publicitário Marcello Campos.

O lançamento de Dance com Norberto Baldauf, primeiro trabalho solo do pianista gaúcho, acontece no dia 18 de setembro (sexta-feira), a partir das 21h no Girassole Pub (rua Vieira de Castro quase esquina com avenida Jerônimo de Ornellas, bairro Santana).

O CD ainda não está nas lojas mas já pode ser adquirido pelo e-mail jornal26@gmail.com.

sábado, 29 de agosto de 2009

Lenine no Unimúsica: imperdível !


No próximo dia 03 de setembro, quinta-feira, às 19h, o cantor e compositor Lenine apresenta em Porto Alegre um show de voz e violão especialmente criado para o Projeto Unimúsica.

Lenine aproveita a liberdade do espetáculo solo para apresentar algumas de suas canções na forma em que foram concebidas, apenas voz e violão. O repertório deve abranger composições de álbuns antigos, como Olho de peixe (1992), até seu mais recente projeto, o elogiado Labiata (2008).

O compositor pernambucano foi revelado em 1983 com o disco Baque solto, em parceria com Lula Queiroga, e hoje é um dos maiores nomes da música brasileira. O segundo disco, Olho de peixe, veio dez anos depois, dessa vez em parceria com o percussionista Marcos Suzano. A partir daí, seu nome foi inscrito entre os renovadores da canção, registrada com roupagem mais pop, mistura de ritmos eletrônicos, influências nordestinas e samba, em seu primeiro disco solo, O dia em que faremos contato (1997). Premiado com o Grammy Latino por Falange canibal (2002) e Acústico MTV (2006), Lenine também assina a produção de CDs de artistas como Maria Rita, Chico César e Pedro Luis e a Parede. Em 2007, criou a trilha do espetáculo Breu, do Grupo Corpo.

A série cancionistas, música de hoje pretende trazer para o público a produção de alguns jovens músicos que têm reinventado a tradição cancionista no país. O Projeto Unimúsica, um dos mais tradicionais e representativos projetos musicais do Estado, acontece sempre na primeira quinta-feira do mês.

As senhas para entrada no espetáculo deverão ser retiradas a partir da segunda-feira, dia 31 de agosto, na bilheteria do Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110 - Campus Central), das 9h às 18h, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível, ou através do site www.difusaocultural.ufrgs.br/agendamento.

O Projeto Unimúsica é uma promoção da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS – Departamento de Difusão Cultural.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Recital “O Choro do Rio Grande do Sul” em São Paulo !


Na próxima Sexta Feira, 28 de Agosto, às 20:00h, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon Pompéia (Rua Turiassú n.º 2100 – Perdizes - São Paulo), teremos a apresentação do recital “O Choro do Rio Grande do Sul”, com o Conjunto Retratos, integrado pelo nosso amigo Alex Mendes, grande bandolinista.

Será um recital em homenagem aos compositores gaúchos. No repertório, músicas de Plauto Cruz, Rubens Leal Brito, Radamés Gnattali, Dante Santoro, Jessé Silva, entre outros.

A apresentação se repete no domingo, dia 06/09, às 11 horas, no Centro Cultural Jabaquara (Rua Arsênio Tavolieri,45 / Metrô Jabaquara - SP)

Mais informações no sítio do grupo: www.conjuntoretratos.com.br

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Espia Só: Documentário sobre Octávio Dutra


Quem nos dá a dica é o Rafael Ferrari, grande bandolinista, sobre a produção deste documentário sobre a vasta obra de Octávio Dutra, dirigido pelo não menos competente Saturnino Rocha.

E a turma que participa do filme é formada simplesmente por nomes como Yamandu Costa, Arthur de Faria, Hique Gomes, Daniel Wolff, Maurício Marques, Angelo Primon, Rogério Piva, Rafael Ferrari, Augusto Maurer e Giovani Berti, entre tantos outros...

Segue o link do Blog do Rafael Ferrari http://rafaelferrarimus.blogspot.com/2009/08/espia-so-documentario-sobre-octavio.html, onde tem um texto e um trecho do documentário, onde podemos conhecer um pouco mais da obra de Octávio Dutra, maestro, bandolinista, violonista, compositor, professor, arranjador, teatrólogo, o primeiro nome da música gaúcha a ter destaque no Brasil, que comandou o grupo Terror dos Facões um dos melhores regionais do Brasil de todos os tempos.

Na imagem, a capa do CD Espia Só, contendo 16 composições de Octávio Dutra, lançado pelo Duo Retrato Brasileiro, em 2003.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ALVARO LIMA TRIO NA CIA. DE ARTE


O cantor e compositor Álvaro Lima volta aos palcos de Porto Alegre no dia 28 de agosto, às 20hs.30min., no Teatro da Cia. de Arte (Andradas 1780). Após algum tempo afastado da cena musical gaúcha, Álvaro Lima (guitarra e voz) apresenta sua nova formação de trio, acompanhado de Ricardo Isquierdo (baixo) e Cris Leipnitz (bateria).

Álvaro Lima
é baixista por formação e traz em sua bagagem um currículo respeitável, tendo passado por várias bandas da zona norte de Porto Alegre (roqueira por excelência), ao lado de uma experiência de mais de cinco anos morando no Rio de Janeiro, onde acompanhou diversos músicos e bebeu na fonte dos melhores nomes do pop-rock nacional. Tem dois CDs lançados, “Os Dois Lados da Moeda” (1996) e o mais recente, “Olhares”, lançado em 2001, que retrata com maestria duas realidades distintas, a do Rio de Janeiro, e a de Porto Alegre, sua cidade natal.